18.2.10

uma aventura em trio - 100% Jeri!

A decisão veio em impulso. Um falou, o outro concordou e o terceiro abraçou. A proposta era boa: uma semana no Ceará (não dava pra ser mais perto!), num lugar com um nome impronunciável, Jericoacoara.
Nenhum de nós pestanejou, eu não fazia a menor ideia do que ia encontrar e nem da distância que iríamos percorrer. Mas topei na hora. Assim eu, João e Preta decidimos dividir uma experiência no paraíso.

MUITAS HORAS E POUCO SONO
Dia 7 de fevereiro pela manhã partimos num vôo da TAM em direção a Fortaleza. Depois de 5 horas e pouco voando sobre o Brasil chegamos no aeroporto e fomos direto ao guichê da empresa Redenção para comprar as passagens do ônibus que nos levaria até Jijoca. Mais 5 horas de viagem, sem parar em lugar nenhum: esse era o nosso ônibus executivo. Com um tempinho sobrando fomos encher a pança antes de enfrentar o bus.
15 horas: chega nosso super bus executivo com ar-condicionado e banheiro. E vou te contar que o pessoal lá leva ar-condicionado a sério, tava tão gelado que até a Preta, que é a abobadinha do ar-condicionado, arregou  e reclamou que tava frio demais!
O ônibus deu umas voltas dentro de Fortaleza antes de pegar a estrada e juntos demos graças a deus que nosso destino era outro.
Saindo da capital já fica bem evidente que estamos no Ceará. A paisagem é muito particular, agreste mesmo, muito coqueiro, muito cajueiro. Uma linha reta, de vegetação baixa. Eu disse 5 horas de viagem, lembram? Dá-lhe revistinha e palavras cruzadas... Mas ninguém contava com a parte de entretenimento: a rodomoça (sim, havia uma, cearense, loira e com um olho de vidro, juro!) perguntou se os passageiros queriam ver um filme. Ninguém se manifestou, ela ficou com uma cara decepcionada e pra se vingar foi lá e colocou o filme. Enquanto a Preta e o João babavam dormindo na poltrona eu CHORAVA que nem vaca assistindo a porra do filme: em busca da felicidade (ou algo assim), o will smith é um cara que só se fode, passa o filme inteiro levando tomate na cara e tentando criar o filho pequeno. Gente, pra que isso? Não tinha uma comédiazinha água com açúcar?
Ah! tão lembrados né? CINCO horas.
Essa parte de eu me lavar chorando deve ter sido lá pelas duas horas de viagem, isso significa que ainda tinham 3 horas pela frente. E a Preta e o João.... dormindo. Porra que merda, eu não tinha nem com quem desabafar! Ainda bem que a Preta acordou e aí pude dizer pra ela do que havia se livrado.
Lá pelas seis da tarde já tava noite fechada e ainda tinha muita estrada pela frente. Do lado de fora não se via UM pontinho de luz. Era breu completo. Quando a gente via algum farol de carro passando pelo nosso ônibus, dávamos tiauzinho (tem pessoa que faz de tudo pra não se entediar!).

JIJOCA - CONTATOS IMEDIATOS DE TERCEIRO GRAU
Já noite chegamos em Jijoca. Fim da viagem? NOT! Ainda tínhamos que pegar uma jardineira (caminhão adaptado na parte de trás para transportar pessoas e derivados...) pra chegar até o nosso destino final: a praia de Jericoacoara.
Já disse que era noite né? Disse também que Jijoca fica no interior? E que Jericoacoara é prá lá do interior do interior? E que em estradinha do interior não tem luz?
Assim dá pra concluir que fizemos todo este percurso na mais completa escuridão, a única luz era o farol da jardineira. Mais UMA hora de viagem, no meio do nada e no escuro.
Mas vocês acham que a gente tava sofrendo? Tava nada. Na parada em Jijoca já mandamos uma cerveja gelada pra começar a entrar no clima. Fizemos contato com os nativos locais: uma menina que tava doidona e um rasta que viajaram na jardineira com a gente. No início tava animado, mas depois que ela não parava mais de cantar, a nossa vontade era de atirar a louca no meio do mato. UMA hora de viagem, já falei né?
A gente tava tão feliz, mas tão feliz que nem se apavorou quando o motora parou o caminhão no meio do areal por causa de uma barulho no câmbio. Ele desceu, deu uma olhada e seguimos em frente, rindo à toa.
Depois de termos todas as vértebras retiradas de seu local de origem devido ao chacoalhamento insesante do veículo automotor.... Chegamos ao nosso tão sonhado destino: JERI MON AMOUR!

AS PRIMEIRAS HORAS - PÉ NO CHÃO, CERVEJA GELADA E... NÃO LEMBRO O RESTO
Gente, descobrimos que em Jeri não precisa de sapato, porque o chão, a rua, a calçada... é tudo de AREIA. Uma Havaianas tá mais do que bom, já faz o serviço completo. Chegando no ponto final, demos adeusinho pro motora e pra rodomoça (sim ela foi na jardineira também), sem antes elogiar a destreza do cara. Sim, porque a gente veio na mais completa escuridão, recordam? O motora disse que já fazia esse trajeto há cinco anos, que já sabia tudin, tudin!
Fomos em busca do nosso cafofo, onde nos aguardavam Claudia e Lu, duas paranaenses porretas, amigas do João e que vivem lá no paraíso. Encontramos as gurias na rua e e elas nos levaram atá a casa onde ficaríamos. TUDIBOM MEU DEUS! Além de a casa ser super bacana, as duas ainda prepararam uma recepção pra lá de especial, com direito a camarão e cerveja gelada. Ai ai ai, era tudo o que a gente queria. Consumimos o líquido sem dó nem piedade (já deu pra calcular quanto tempo a gente levou pra chegar até lá?). Daí pra bater aquela vontade de botar o rabo na rua..... E lá fomos nós ajudar a baixar o estoque de cerveja da cidade. Paramos num buteco chamado Skina do Samba, onde tocava um sambinha muito do bom e onde cantamos parábens a você pra garçonete que tava de aniversário, além de todas as outras músicas que o cara cantava e a gente conhecia. A gente tava numa animação, já viu né! A gente podia formar o trio Canabrava, na boa.
Como tinha animação sobrendo a gente resolveu afundar o pézinho na areia e na jaca. Estacionamos no Mama Africa (só pelo nome já gostei), onde tava tocando uma banda local. Tudo isso ciceroneados pelas queridas Lu e Claudia. Sem elas seria impossível irmos prá lá e prá cá, além de não conhecermos nada nosso estado etílico não ajudava muito. Mama Africa, música rolando e cerveja gelada: combinação dos diabo gente (já falei que a gente tava no paraíso, não?)! E eu achando que ia descolar um gato sarado, bronzeado... nada! Só tinha gringo! E vou dizer que eu não faço o menor sucesso com gringo, porque eu tenho cara de GRINGA, porra! Bom, deixa pra lá.
Sei que lá pelas tantas da madruga a gente tava pulando que nem maluco na pista de dança ao ar livre. Hoje é dia de santo rei! Uha! E eu lá saracoteando, ô vida boa. Graças a Deus alguém teve a ideia de ir embora pra casa, acho que foi o João, embora essa parte nenhum de nós três lembre muito bem....

PRÓXIMO CAPÍTULO
Descobrindo Jeri - as primeiras impressões

Aguarde.

3 comentários:

marilia disse...

cansou de escrever por hoje, amiga? deve ser a reesaacaaa, rs. fico no aguardo dos próximos capítulos e das fotos!!! bjs,
marilia

Unknown disse...

cruzcredoafemariaahahahahahah


Estou morrendo de curiosidade
com o final desta empreitada.
Qui meda.
Beijocas da mama

Christina Frenzel disse...

Amiga, o Ceará é tudo de bom - o terra linda!

Beijocas curiosas, esperando pelo próximo capítulo!!!


=)